"Manuelzão, como os dois campeiros escutava, não conseguia ser mais forte do que aquelas novidades. - "Estória!" - ele disse, então. Pois, minhamente: o mundo era grande. Mas tudo era muito maior quando a gente ouvia contada, a narração de outros, de volta de viagens. Muito maior do que quando a gente mesmo viajava, serra-abaixo-serra-acima, quando a maior parte do que acontecia era cansativo dos tristonhos, tudo trabalho empatoso, a gente era sofrendo e tendo de aturar, que nem um boi, daqueles tangidos no acerto escravo de todos, sem soberania de sossego. A vida não larga, mas a vida não farta. [...] Ele, Manuel J. Roíz, vivera lidando com a continuação, desde o simples de menino. Varara nas águas. Boiadero em cima da sela, dando altas despedidas, sabendo saudade em beira de fôgo, frias noites, nos ranchos. Até para sofrer, a gente carece de quietação. Para sofrer com capricho, acondicionado, no campo de se rever. Viageiro vai adiando. Só o medo da miséria do uso - um medo constante, acordado e dormindo, anoitecendo, amanhecendo."
Aí está um trecho de Manuelzão, do Mestre Guimarães Rosa.
Guimarães... Incrível, um dos únicos que me enche os olhos d'água, que me arrepia a cada página, que me faz ter vontade de viver para ler. Desaperta meu coração, e me faz apaixonar por esse sertão, esse céu, esse sol que, de tão quente, desespera. Apaixonada pelos Manuelzões e Miguilins.
Aí está um trecho de Manuelzão, do Mestre Guimarães Rosa.
Guimarães... Incrível, um dos únicos que me enche os olhos d'água, que me arrepia a cada página, que me faz ter vontade de viver para ler. Desaperta meu coração, e me faz apaixonar por esse sertão, esse céu, esse sol que, de tão quente, desespera. Apaixonada pelos Manuelzões e Miguilins.
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